terça-feira, 14 de agosto de 2012

Crítica: 'Malhação' tem elenco jovem talentoso e deve emplacar.



A 20ª temporada de "Malhação", que estreou nessa segunda-feira, foi uma volta no tempo. A época áurea da novelinha foi relembrada logo na primeira cena em que André Marques surgiu na pele do inesquecível Mocotó ao som de "Assim caminha a humanidade", música que emabalou a abertura da história por alguns anos. Foi um momento nostálgico para quem acompanhou as primeiras temporadas de "Malhação", que estreou em 1995. E um respiro de novidade para os telespectadores que ansiavam por leveza no fim das tardes da Globo.
O primeiro episódio foi curto, poucos personagens foram apresentados, mas já deu para perceber que o trio principal deve ganhar as capas das revistas de adolescentes pelos próximos meses. Carismáticos, bonitos e talentosos, Alice Wegmann, Agatha Moreira e Guilherme Prates mostraram química na pele de Lia, Ju e Dinho. A trama é bastante clara: as duas melhores amigas irão se apaixonar pelo menino mais popular da escola. E quem não se apaixonaria? Aliás, e quem nunca se apaixonou? A história principal é uma releitura de algo que aconteceu com a maioria dos adolescente e, por isso, tem tudo para emplacar. Tem a mocinha atirada, o nerd viciado em internet, a menina que curte esoterismo e todos os outros tipos que existem em qualquer colégio como o fictício Quadrante.
Sem invencionismos, as autoras Rosane Svartman e Glória Barreto colocaram até uniforme na rapaziada. Tudo para aproximar os personagens - e suas histórias - do público que pretende atingir: os jovens descolados e conectados do século 21. A abertura, aliás, deve ter hipnotizado essa galera. Divertida, colorida, alto-astral e com um quê de vídeo caseiro, a abertura dessa 20ª temporada é uma das mais bonitas já feitas não só pela equipe de "Malhação". O hit "Tempos modernos", agora cantado pela banda Jota Quest, tem tudo a ver com a história, os conflitos, a época. Nota mil pela criação e pela execução: aqueles atores parecem querer que essa temporada acabe de vez com os péssimos números da novelinha, que teve até o seu fim decretado pelos fãs. Pelo pouco que se viu nesse primeiro capítulo é possível dizer que o investimento em encontrar jovens talentosos valeu a pena. E se quem assistiu se identificou ou se lembrou da adolescência vivida valeu a pena duas vezes.

Critica por Carla Bittencourt do site Extra

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